Hoje vim trazer uma novidade para a turma que curte cinema. Tuca Siqueira, uma premiada diretora pernambucana fez sua primeira longa metragem de ficção: Amores de Chumbo. Que é a narrativa da história de Miguel, Maria Eugênia e Lúcia, que são personagens entre 65 e 70 anos. Os três vivem um triângulo amoroso nos dias atuais sob o pano de fundo da Ditadura Militar.
Miguel, é um professor de sociologia que foi militante durante a Ditadura Militar. Maria Eugênia por sua vez, também era militante e mantinha um relacionamento com Miguel. Os dois são presos, mas depois de soltos traçaram caminhos distintos um do outro. Maria foi para França e Miguel ficou no Brasil. Tempos depois, ele casa-se com Lúcia, que esconde um segredo que é revelado depois da chegada de Maria no Brasil.
Os personagens são estrelados por atores fantásticos que possuem formação teatral. Miguel é encenado no corpo do ator/diretor/apresentador Aderbal Freire Filho. Nascido em Fortaleza, Ceará, em 1941, já participava, desde 1954, de grupos amadores de teatro. Mudou-se para o Rio em 1970 e fez sua estreia como ator em “Diário de Um Louco”, de Nikolai Gogol. Começa a dirigir peças em 1972 e, em 1973, funda o Grêmio Dramático Brasileiro. Recentemente, voltou a atuar (após uma década) na peça "Depois do Filme", sob sua direção e texto. Em 2014, participou de “Dupla Identidade”, série de Gloria Perez na TV Globo. Atualmente, apresenta o programa "Arte do Artista", na TV Brasil.
Maria Eugênia é interpretada pela atriz e bailarina Juliana Carneiro da Cunha. Nascida no Rio de Janeiro, em 1949, Juliana Carneiro da Cunha é radicada na França. Na Europa, trabalhou com Maurice Bejart, Maguy Marin e Ariane Mnouchkine. Desde 1990, ela faz parte do grupo do Théâtre du Soleil, dirigido por Ariane Mnouchkine. Destacou-se no cinema brasileiro por sua atuação no filme “Lavoura Arcaica” (2001), dirigido por Luiz Fernando Carvalho, no qual interpreta a mãe de André (Selton Mello), papel pelo qual foi premiada como Melhor Atriz no Grande Prêmio de Cinema Brasileiro (2003). Em “O Veneno da Madrugada” (2004), filme dirigido por Ruy Guerra, atua ao lado de Leonardo Medeiros. Mais recentemente, atuou no filme “Les Naufragés du Fol Espoir” (de Ariane Mnouchkine, 2014) e em “Vazantes” (de Daniela Thomas, em pós-produção, 2015). Na televisão, também acumula participações em obras de Fernando Carvalho, como “Hoje é Dia de Maria” (2005), e acaba de participar da novela “Sete Vidas”, de Lícia Manzo (2015), na Rede Globo.
E Lúcia, é interpretada pela pernambucana Augusta Ferraz. Atriz com mais de 70 espetáculos, premiada no Brasil e no Exterior, Augusta Ferraz é encenadora, pesquisadora musical, diretora de teatro e vídeo, cenógrafa, iluminadora, produtora e administradora cultural. Atua nas artes cênicas desde 1973, participando de cursos, festivais, apresentações, circulação de espetáculos, congressos, seminários, palestras e debates dentro e fora do Brasil, nas áreas da produção criativa, produção cultural, pesquisa e política cultural. Este ano foi a homenageada do festival Janeiro de Grandes Espetáculos, por sua carreira.
As cenas foram gravadas em Ipojuca e no Recife. Eu tive o privilégio de trabalhar junto à equipe, que por sinal era maravilhosa e bastante atenciosos com os atores e figurantes que ali estavam. O projeto conta com a produção da Plano 9 Produções, Garimpo e Alumia. Tendo incentivo do Funcultura/Governo de Pernambuco e recursos do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) da Ancine.
Procurem a página do filme Amores de Chumbo no facebook e deixem seu curtir. O lançamento está previsto para o segundo semestre desse ano já. Quando o filme estiver pra lançar eu avisarei aqui pra vocês em primeira mão. Quero ver todos assistindo!
Vejam agora algumas imagens do processo de gravação: